Psicologia Clinica e Organizacional - PSICOTERAPIA

A RHPSI atua contribuindo para o crescimento e desenvolvimento humano envolvendo os três pilares que sustentam a sociedade: Saúde, Educação e Trabalho.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

O COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES DO SÉCULO XXI.

Por Nairete Correia¹

A velocidade com que estão ocorrendo as freqüentes mudanças no mundo organizacional, tem provocado abalos no estado relacional que podem favorecer ou comprometer os resultados finais. Cândida Góis prefaciando Luz (2003) fala do compromisso da gestão contemporânea das empresas no que tange a aspectos da dimensão humana que tem, no equilíbrio da dinâmica das relações, um dos seus fatores críticos de sucesso.

“A identificação e o envolvimento das pessoas com os processos de trabalho passam a ser determinantes para esse equilíbrio. A empresa de agora tem o compromisso de estimular e facilitar percepções positivas através da promoção de ambientes relacionais saudáveis e capazes de contribuir de forma efetiva para a realização profissional individual. A empresa deve ser entendida como segmento fundamental inserida no projeto pessoal de vida e felicidade de seus funcionários e colaboradores”. (Luz, 2003).

O trabalhador do século XXI deve apresentar-se como um ser crítico, criativo, com capacidade para desenvolver atividades coletivamente, ou seja capaz de produzir e conviver com senso de equipe. Do trabalhador é cobrado ainda um conhecimento polivalente, várias especializações em áreas afins com sua formação básica. Para sobreviver no mercado deve ainda ser pro-ativo, enérgico, perceptivo e perspicaz, ter uma capacidade de visão macro, ter uma atitude dentro do ritmo que a pós-modernidade lhe impõe. As organizações da atualidade são formadas por indivíduos inquietos e competitivos que estabelecem uma relação de interdependência entre si, e entre estes e a organização. Os Gestores e o RH das organizações têm o grande compromisso de coletar no mercado os melhores talentos e que estejam plenamente identificados com a missão, os valores e a visão da organização. Desta sorte, os trabalhadores do século XXI precisam ter uma visão global do negócio da organização ou empresa onde trabalha, são verdadeiros guardiães dos interesses da empresa, são os responsáveis incondicionais pela satisfação do cliente, mas devem ser também estimulados e motivados por seus líderes imediatos.


Muitas organizações vêm passando por processos de fusão, aquisição, alianças estratégicas, misturando culturas que muitas vezes apresentam valores e crenças conflitantes. Vemos na atualidade uma necessidade crescente de recursos técnicos para mensuração na área de Recursos Humanos. Procedimentos que possam respaldar ao máximo a atuação do RH nas [i]organizações. A Psicologia Organizacional e do Trabalho (POT), está comprometida com a criação e o desenvolvimento de técnicas de avaliação e mensuração do comportamento humano nas organizações.

O objetivo é transformar a área em um RH estratégico cuja atuação deverá está alinhada aos planos de negócios. Do RH se espera que funcione como agente de mudanças e que vá além do simples gerenciamento do capital humano, apoiando iniciativas e planos de ação que contribuam para a execução das estratégias pra o sucesso do trabalho. Desde 1994, pesquisadores (Marcuse,1994; Gabriel,1982-1998; Tamayo,1994; Mendes,1995; Tamayo-Robayo,1997), tentam responder à problemática que integra de maneira decisiva o sujeito e as condições sócio-culturais do trabalho. Prazer e sofrimento fazem parte da psicodinâmica do trabalho e se constituem como uma mediação entre o social e o psíquico a interação entre o sujeito e a organização do trabalho. O homem é um sujeito puramente ativo diante das condições coercitivas do trabalho. O sentido dado a situações de trabalho (subjetividade) está amarrado a sua história de vida, à condição histórica e socioeconômica oferecidas pela realidade do sistema de valores organizacionais, que funciona como regulador do comportamento nas organizações.


1.A autora é Psicóloga(UCDB/MS/Brasil - 1984; Especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho – POT(CFP/CRP-03) e Mestre em Administração de Empresas com foco em Gestão de Pessoas (UEX/ES/UFRN/BR, 2001).Psicóloga da UFS; Consultora Organizacional-(RHPSI- Desde 1989).


Artigo publicado no informe NETWORK ano 1; n°1; fev/2009.

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